A ocasião foi marcada pela participação de líderes nacionais. CSPB, Fenafisco e Auditoria Cidadã da Dívida enviaram representantes
Auditores Fiscais da Receita Estadual figuraram entre as classes trabalhadoras que lotaram o auditório do Senai – Cetec, em Palmas, na última sexta-feira,10, para participar do seminário Reforma da previdência: A verdade, promovido pela Federação dos Sindicatos dos Servidores Públicos, com o apoio do Sindifiscal. A categoria de auditores fiscais do Tocantins se identifica com a articulação de medidas contrárias à dita reforma e tem se posicionado no cenário nacional, defendendo inclusive a auditoria sobre os cofres da previdência. Na ocasião do seminário, os auditores assistiram atentamente às palestras e interagiram sobre a realidade oculta na propaganda do Governo Federal a respeito da PEC 287.
Foto: abertura do evento com o público de pé para a execução do hino nacional
O ciclo de palestras teve inicio com a ministração do presidente do Sindicato de Auditores Públicos Externos do Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Sul, Ceape, e membro da Coordenação da Auditoria Cidadã da Dívida Pública, Josué Martins, que denunciou a manipulação por parte da União quanto aos verdadeiros números da previdência. Segundo Martins, cálculos efetuados por auditores da Receita Federal mostram até 2015 um superávit de R$ 11,2 bilhões.
Já o diretor de aposentados e pensionistas da Federação Nacional do Fisco Estadual e Distrital, Celso Malhani, detalhou o efeito maléfico da PEC 287 sobre a vida dos brasileiros e conclamou a mobilização dos presentes contra a propositura. “Essa proposta que se diz reformista extingue a previdência para o trabalhador. A sociedade brasileira não pode ser escrava a vida inteira e ao final, com o sonho da aposentadoria, receber o certificado de aposentadoria no cemitério. É isso que vai acontecer se vocês deixarem essa proposta passar”, exortou Malhani.
“É uma reforma absolutamente inaceitável, o povo brasileiro precisa descobrir o que está embutido nessa proposta. Nem sequer merece ser chamada de reforma porque ela é o fim da previdência pública, vai deixar desamparados os idosos, o trabalhador rural e está exigindo que o jovem escolha entre trabalhar ou estudar para se aposentar aos 65 anos”, ressaltou o presidente da Fenafisco, Charles Alcântara.
O presidente do Sindifiscal, Carlos Campos, ressaltou a continuidade do debate e militância contra a PEC 287/16. “A intenção é que aprofundemos nesse debate para conscientizar a sociedade do grande mal que é a redação dessa PEC e quanto ao grande prejuízo que essa reforma representa para os trabalhadores. Inclusive no próximo dia 16 teremos outro evento na OAB-TO em que lançaremos a Frente Tocantinense em Defesa da Previdência”, adiantou o presidente do Sindifiscal, Carlos Campos
22 de Novembro de 2024 às 15:14